Iniciamos os encontros com muito entusiasmo. Trabalhamos com a dinâmica “Minuet” em que foi possível refletir sobre trabalho em grupo, parceria, confiança, importância da ludicidade e do movimento. Fizemos a leitura do Diário de Bordo, que aliás está cada dia mais belo e com lindas produções! Em seguida iniciamos o encontro com Literatura Infantil: “A caixa de lápis de cor” de Maurício Veneza, em que foi possivel refletir sobre texto , contexto, textos orais, escritos e não escritos. Bem como sobre questões sociais que permeiam nossa prática pedagógica. Refletimos sobre a questão do Livro didático e as variáveis do Português Brasileiro, ao comentarmos sobre a polêmica do livro Didático no Ministério da Educação. Assistimos, ainda, a entrevista de Stella Maris Bortoni-Ricardo que nos leva a refletir sobre o “Falar Candango”, as Variáveis do Português Brasileiro , adequaçao da fala, monitoramento, competência comunicativa, domínios socias e papel da escola e do professor. Sistematizamos a Unidade 1 do Fascículo 1 que tem por objetivo "apresentar conceitos fundamentais ao processo de alfabetização".
Fascículo 1 unidade 1
Sistematizando
Sistematizando
• Língua: sistema que tem como centro a interação verbal (através de textos, discursos falados ou escritos).
• Depende da interlocução (inter – locução= ação linguística entre sujeitos).
• Proposta de ensino da língua deve valorizar o uso da língua em diferentes situações ou contextos sociais(diversidade de funções e sua variedade de estilos e modos de falar).
• Trabalho em sala de aula: organização em torno do uso da língua e privilegie a reflexão dos alunos sobre suas diferentes possibilidades.
• Necessidade de rejeição de uma tradição de ensino apenas transmissiva (preocupada em oferecer ao aluno conceitos e regras prontas – memorização, aprendizagem centrada em automatismo e reproduções mecânica.
• Proposta adequada para o ensino da língua deve prever o desenvolvimento das capacidades necessárias às práticas de leitura e escrita, bem como de escuta e escrita.
• Proposta adequada para o ensino da língua deve prever o desenvolvimento das capacidades necessárias às práticas de leitura e escrita, bem como de escuta e escrita.
ALFABETIZAÇÃO:
· Historicamente: o conceito se identificou ao ensino aprendizado da “tecnologia da escrita” (sistema alfabético da escrita).
· Leitura: capacidade de decodificar sinais gráficos (transformando-os em sons).
l Escrita: capacidade de decodificar os sons da fala (transformando-os em sinais gráficos).
l Ampliação do conceito de alfabetização a partir de 1980: psicogênese da língua escrita: Emília Ferreiro e Ana Teberosky.
l Estudos de leitura e escrita não se resumiria ao domínio de correspondências entre grafemas e fonemas.
l Processo ativo: construção e reconstrução de hipóteses sobre a naturza e funcionamento da língua.
l Fonema: corresponde ao som.
l Grafema: corresponde as letras.
l Com os termos alfabetização e letramento ou alfabetismo: muitos pesquisadores passaram a preferir distinguir alfabetização de letramento.
l Alfabetização: sentido estrito.
LETRAMENTO
l O termo letramento, em português, surgiu com Mary Kato, na década de 1980.
l Busca traduzir a palavra “literacy”, com o objetivo de ampliar o conceito de alfabetização, abandonando a idéia de codificação e de decodificação e buscando incorporar as habilidades de leitura e de escrita às práticas sociais (BATISTA et alii, 2005).
l Domínio e o uso da língua escrita: trazem conseqüências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas, linguísticas (para o indivíduo ou para o grupo social).
l Resultado da ação de ensinar ou aprender a ler e a escrever.
l Resultado da ação de usar as habilidades de leitura em práticas sociais.
l Estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido no mundo organizado diferentemente: A cultura escrita.
l São variados os usos sociais da escrita e as competências a eles associadas (ler um bilhete simples ou escrever um romance): é frequente levar em consideração níveis de letramento: diferentes funções e formas pelas quais as pessoas têm acesso a cultura escrita.
l Diferentes funções e formas pelas quais as pessoas tem acesso à Língua escrita (distrair, se informar, posicionar) a Literatura a respeito assume a existência de tipos de letramento ou de letramentos (no plural).
ENSINO DA LÍNGUA ESCRITA:
l Língua: sistema que se estrutura no uso e para o uso , escrito e falado: sempre contextualizado.
l Apropriação do sistema alfabético: envolve aprendizagens específicas: relações entre consoantes e vogais, na fala e na escrita, permanecem as mesmas. Consoantes e vogais são as mesmas e se inter-relacionam segundo essas regras: Independente do gênero textual em que aparecem e da esfera social em que circulem (piada, processo .jurídico).
l Necessidade de firmar posições consistentes: evitando polarização e reducionismo nas práticas de alfabetização.
MÉTODOS
l Métodos de alfabetização
l Método Silábico
l Contempla alguns aspectos importantes para a apropriação do código escrito, mas supõe uma progressão fixa e previamente definida: reduz alcance de conhecimentos linguísticos quando desconsidera a função social da escrita.
MÉTODOS FÔNICOS
l Embora focalizando um ponto fundamental para a compreensão do sistema alfabético (relação grafema e fonema): restringe a concepção de alfabetização.
l Valorização exclusivamente o eixo da codificação e decodificação: decomposição de elementos que se centram em fonemas e sinais gráficos.
MÉTODOS ANALÍTICOS (TODO PARA AS PARTES):
l Palavras, sentenças, textos para a decomposição das sílabas em grafemas e fonemas.
l Frases e textos artificialmente curtos e repetitivos: estratégia memorização (considerada fundamental).
Ideário construtivista: (últimas décadas)
l Introdução ou o resgate importantes dimensões da aprendizagem significativa e interações: usos sociais da leitura e da escrita (articulação de concepção mais ampla de letramento).
l Construtivismo: Compreensões equivocadas- Formas de reducionismo: negação de aspectos grafomotores e psicomotores.
l Despreza impacto no processo inicial de alfabetização.
l Descuida de instrumentos e equipamentos imprescindíveis para quem se inicia no processo de leitura e de escrita.
l Prejudicial as crianças que vivem em condições sociais desfavorecidas (que só tem acesso a lápis, livros, cadernos, revistas, e outros instrumentos quando ingressam na escola)
l Oposição do construtivismo ao ensino meramente transmissivo (que limita ao aluno apenas memorizar e reproduzir conceitos e regras): interpretações equivocadas: conhecimento pelos próprios alunos construído sem auxílio de um adulto mais experiente.
l Interpretações errôneas: limitação da ação pedagógica aos conhecimentos prévios dos alunos.
l Limitação: gera fracasso: compromete a proposição e avaliação de capacidades progressivas e acaba sendo usada pala própria ação pedagógica.
ALGUMAS ORIENTAÇÕES INADEQUADAS FUNDADAS NO CONCEITO DE LETRAMENTO: PRODUZIR DISTORÇÕES
l Propostas pedagógicas que valorizam de forma parcial importantes conquistas : prazer pelo ato de ler e inserção da criança em práticas sociais: deixam de lado a exploração sistemática do código e das relações grafema e fonema.
l Dissociam o processo de alfabetização e de letramento, como um dispensasse ou substituísse o outro.
CONCEITOS
Alfabetização é o processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico, que possibilita ao aluno ler e escrever com autonomia.
Letramento é o processo de inserção na cultura escrita, que tem início quando a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade e se amplia por toda a vida, com a participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
l Processos diferentes (cada um com suas especificidades).
l São complementares, inseparáveis, indissociáveis (cada um com suas especificidades).
l São indispensáveis para a apropriacão dos processos de leitura e escrita.
Alfabetizar-Letrando ou Letrar-Alfabetizando
l Um é condição do outro. Não se trata de alfabetizar ou letrar.
l Trata-se de alfabetizar-letrando.
l O desafio que se coloca para os primeiros anos de escolaridade é o de conciliar esses dois processos, assegurando aos alunos a apropriação do sistema alfabético-ortográfico e condições possibilitadoras do uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita.
l A ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que contempla de maneira articulada e simultânea, a alfabetização e o letramento.
REFERÊNCIAS:
l Pró-Letramento: Programa de Formação continuada de professores os Anos/Séries Inicias do Ensino Fundamental: Alfabetização e Linguagem. Ed. Ver. E ampl. Incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de referência/Secretaria de educação Básica – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica.2007.
Encerramos os encontros com o vídeo: “Stand by me”, em que foi possível refletir sobre eixos comuns e o respeito às diferenças, abrindo caminhos para a reflexão sobre as capacidades linguísticas na Alfabetização. A importância de termos eixos comuns no processo de alfabetização e bom respeito às diferenças , uma vertente apaixonante do Pró-Letramento.
Na turma de terça-feira, no turno vespertino, fomos contemplados com o Belo trabalho das professoras Natalina e Márciada da intituição Santa Luzia - DRE de Samambaia. Fizemos reflexões sobre a prática de sala de aula e sobre o papel mediador do professor. As professoras apresentaram o projeto de literatura com as bruxas KAKA e SHIRLEY.
Na turma de quinta feira no turno matutino fomos agraciados, também, com a apresentação do projeto: “Criando e Recriando”, sobre o trabalho com o Diário de Bordo. O projeto foi apresentado pelas professoras Ana Cláudia e Luciana da escola classe 02 da Vila São José da DRE de Taguatinga. Refletimos acerca do papel mediddor das professoras. A turma apresentou propostas de atividades interventivas para a série.
Tivemos uma semana bastante prazerosa!
Registrando ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário