sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Memórias 13 - Data: 09/08/2011 e 11/08/2011

Iniciamos o encontro com a leitura do Diário de Bordo. Em seguida realizamos a dinâmica: “Você é Luz”  que tem por objetivo refletir sobre  importância do resgate da  autoestima, da troca de energias e  da afetividade no processo de aprendizagem. Conversamos também sobre as idéias apresentadas por Irandé Antunes  na palestra do dia 02/08/2011.
Algumas Reflexões:
Sistematizando...

No dia 02 de agosto de 2011 recebemos a escritora Irandé Antunes. Recebemos um presente. Aliás, um presentão! Irandé Antunes  é uma pessoa linda, de muita leveza, com idéias que se entrelaçam a nosso programa e muito divertida.  A forma como ela expressa suas idéias nos fazem acreditar que aprender está ligado a vida. Algumas de suas reflexões  nos fazem pensar na mobilidade de nossa língua, em sua beleza, na linguagem como forma de interação.
A exploração das regularidades textuais por uma prática individual e socialmente mais significativa (IRANDÉ Antunes, UFPE)
·         Sala de aula lugar de uma conversa temática.
·         Compreensão da concepção: Representação teórica para se pensar em mudança.
·         Não existe prática sem teoria.
·         Tudo o que fazemos na sala de aula tem a ver com a concepção que você tem.
·         Concepção de Língua na escola voltada para a gramática: relação com as ideias de erro e acerto.
·         Exploração: tentar compreender o texto.
·         Quando você entra no sentido do  texto a  terra é movediça (tem hora que é , tem hora que não é).
·         A língua é sistemática, é constituída de um repertório, de regras.
·         Linguística: a respeito do texto não há regras: há certa instabilidade.
·         Regularidades estabilidades (Galo da Madrugada: “ Nóis sofre, mais nóis goza” -  transgressão: visão de uma  língua que se realiza na consonância de um contexto).
·           Língua: criatividade que há nesse jogo de palavras ( EX: “Se toque , a cura do câncer pode estar em suas mãos” – Exemplo encontrado nos outdoors do Pará).
·         Língua é viva.
·         Língua do dicionário, das gramáticas: as coisas estão mudando.
·         Escola precisa realizar um trabalho significativo.
·         A escola tem um papel social e um papel significativo.
·         Escola diferente: diferente no sentido de se avaliar esse mundo que é nosso, que é obra nossa.
·         Escola precisa ter a consciência de seu papel social.
·         Esforço de algumas crianças para chegar a escola (esforço pra que?).
·         Qual o significado social? Queremos uma escola que seja socialmente significativa.
·         Vivemos um momento de apelos significativos ou não.
·         A favor de uma mudança na prática de ensino de línguas, sobretudo do ensino da língua materna.
·         Consciência que a gente que é preciso mudar.
·         Todas as mudanças implicam:
o   Mudança de perspectiva
o   Mudança de concepção
·         Mudar concepções sobre a língua implica ter outra visão de texto, de gramática, de leitura, de escrita, de acerto, de erro, etc.
·         Implica saber descobrir como essas mudanças de perspectiva repercutem na prática de sala de aula.
·         Que concepções de língua tenho?
·         A língua é uma atividade;
·         Uma ação
·         Uma ação, uma forma de agir, uma forma de fazer alguma coisa
·         Há sempre um fazer ligado a linguagem.
·         Falar é praticar algum tipo de ação.
·         Falar é agir.
·         Há sempre uma ação praticada no ato de falar.
·         Existem muitas atividades no dia-a-dia que praticamos através da linguagem.
·         Na sala de aula: “Drumonnd: “ A língua da escola não parece aquela língua que é falada na escola, não parece fazer parte da vida”.
·         Língua só se realiza como prática social.
·         A língua é uma prática social e está inserida nessa prática.
·         Durante muito tempo a gente atribuiu à  gramática um poder que ela não tem.
·         A língua acontece na escola, não só na sala de aula de português.
·         A língua perpassa toda a nossa vida. E todo nosso trabalho de apreensão do conhecimento.
·         A língua tem uma História que se confunde com a própria História do povo.
·         Por que a gente fala Português? Porque foram os portugueses que descobriram o Brasil e a língua portuguesa foi imposta por decreto.
·         O que aconteceu depois que os portugueses vieram para cá?
·         O que distingue o Brasil é o pluriliguísmo.
·         Ideal de uniformização linguistica foi ideal por muito tempo.
·         Mitos: língua melhor, pior, mais bonita, mais feia.
·         Idéias que  entraram de maneira tal que é preciso muito trabalho.
·         Temos dificuldades de aceitar certas diversidades.Temos dificuldades em aceitar as diferenças: Sociais, políticas, culturais, religiosas, lingüísticas.

Em seguida lemos a introdução do Fascículo 7: Modos de Falar/Modos de Escrever
Introdução
Neste fascículo, vamos discutir modos de falar e modos de escrever, e comentar como se dá a
integração entre essas duas modalidades discursivas. Para tal, vamos retratar, em três
momentos, o trabalho pedagógico na classe de alfabetização de uma mesma professora em uma
escola pública do Distrito Federal. O primeiro momento ocorreu no 4° mês do ano letivo. Nesse
momento direcionamos nossas discussões para a questão da produção textual com crianças em
fase de alfabetização.
Em um segundo momento, que ocorreu em meados do ano letivo, trabalhamos a questão do
processo de leiturização com as mesmas crianças, que já estavam começando a ler e a escrever.
Há ainda um 3º momento, no final do ano letivo, em que voltamos a trabalhar a produção
textual.
Neste fascículo queremos atingir os seguintes objetivos:
Objetivos:
1. refletir sobre as características do texto oral espontâneo de alunos de primeira série e do
texto escrito elaborado coletivamente em sala de aula;
2. trabalhar com regras variáveis freqüentes nas nossas comunidades de fala, que vão aparecer
na produção oral das crianças;
3. refletir sobre a integração dos saberes da oralidade na
produção escrita dos alunos;
4. refletir sobre convenções da língua escrita;
5. refletir sobre atividades de leitura e interpretação em
sala de aula.
Nesses três momentos partimos do fato de que nossos
alunos, ao chegarem à escola, já são falantes
competentes em sua língua materna, ou seja, já têm uma
competência comunicativa bem desenvolvida, uma vez
que já são capazes de se comunicar bem, no âmbito da
família, em conversas com amigos, colegas, professores,
etc.
Podemos assim entender por que esses alunos, quando
começam a ter contato com a língua escrita, ao
aprenderem a ler e escrever, vão-se valer dos
conhecimentos da oralidade que já detêm, para
construírem suas produções escritas. Torna-se crucial
entender as relações que se estabelecem entre os modos
de falar e de escrever, bem como contextualizá-los no
ambiente de sala de aula, mostrando os processos
interacionais que ocorrem nesse ambiente, em eventos que aí se estruturam. É importante observar que, no decorrer do
fascículo, além das reflexões feitas a partir dos
episódios de sala de aula, vocês serão convidados a
fazer diversas reflexões, leituras, exercícios e
outras atividades que possam contribuir com novas
perspectivas para o seu trabalho docente. Planejem,
portanto, com cuidado o seu tempo para que
possam realizar bem essas atividades. À medida
que forem trabalhando, registrem suas anotações
em um caderno e o reservem somente para o trabalho com o fascículo. Nesse caderno anotem
também o tempo que vocês estão reservando para cada atividade a cada dia.


E por fim assistimos ao filme Narradores de Javé com roteiro de análise em que foi possível entrelaçar os objetivos e os conceitos trabalhados no Fascículo 7. O filme é uma comédia muito divertida. Foi possível mais uma vez tornar  os encontros de tutoria mais leves e prazerosos.




Competência
comunicativa é a
capacidade que
qualquer indivíduo tem
de produzir enunciados
em sua língua,
ajustando o seu discurso
ao interlocutor e à
situação de fala. A
competência
comunicativa inclui,
portanto, a capacidade
de formar as sentenças
da língua e de ajustarse
às normas sociais e
culturais que definem a
adequação da fala em
qualquer interação.

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