quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Memórias 15: O olhar da tutora


Iniciamos o encontro com a leitura do Diário de Bordo. Em seguida realizamos a dinâmica dos balões, que tem por objetivo compreender a importância do trabalho  de grupo, da parceria, do equilíbrio e  da “Cultura de Pares”.  Sem seguida realizamos a leitura do texto: “O vôo da Asa Branca” de Dioney Moreira Gomes,,  que em por objetivo refletir sobre as variáveis do Português Brasileiro. Assistimos aos vídeos “Chico no Shopping” e “Na roça é diferente”. Refletimos sobre diferenças culturais, sociais, políticas e linguísticas. Bem como sobre os conceitos de oralidade, escrita, preconceito e tolerância. Logo após assistimos ao vídeo do Programa: “Modos de Falar/Modos de Escrever”, ressaltando os conceitos abaixo:

Texto (oral/escrito)
Contexto
Hipertexto (referências a outros textos)
Infratexto ( o que está nas entrelinhas)
Interação social
Domínios sociais
Interação face-a-face
Dêitico de tempo (ontem, hoje, amanhã, antes de ontem)
Dêiticos de espaço (aqui, ali, lá)

A palavra “ontem” é um dêitico,
isto é, só faz sentido em relação
ao contexto em que a fala está
sendo produzida. No caso que
estamos vendo, só faz sentido em
relação ao dia de “hoje”. Na
conversa, era apropriado falar
em “ontem”, mas na escrita
temos de ser mais precisos, pois
escritor e leitor não partilham o
mesmo contexto.
Monitoração da linguagem: Monitorar a linguagem quer dizer prestar mais atenção ao que estamos falando ou escrevendo e cuidar mais de um planejamento mental em nossa exposição.
Relativismo cultural: postura adotada nas ciências sociais, inclusive na linguística, segundo a qual uma manifestação de cultura prestigiada na sociedade não é intrinsecamente superior a outra. Quando consideramos que as variedades da língua portuguesa empregadas na escrita ou usadas por pessoas letradas quando estão prestando atenção à fala não são intrinsecamente superiores às variedades usadas por pessoas com pouca escolarização, estamos adotando uma posição culturalmente relativa e combatendo o preconceito baseado em mitos que perduram em nossa sociedade.
Dificuldade de entendimento: sentimento de insegurança linguística.  
Cultura de letramento se constitui de práticas sociais que envolvem escrita ou leitura. Nas práticas sociais de letramento são realizadas eventos em que as pessoas estão lendo, escrevendo ou rememorando textos que leram anteriormente
Competência comunicativa: é a capacidade que qualquer indivíduo tem de produzir enunciados em sua língua, ajustando o seu discurso ao interlocutor e à situação de fala.
 Fizemos a  leitura das atividades do fascículo 7.
Atividade 1
Reflexão sobre monitoração da fala

Reflita sobre sua preocupação em monitorar a própria linguagem quando
está escrevendo e quando está falando. Em que circunstâncias você
procura monitorar-se mais? Entre os papéis sociais que você desempenha no
seu dia-a-dia, quais os que levam você a proceder a uma maior monitoração
de sua linguagem, especialmente nas interações orais: Como professor ou
professora? Como líder em uma comunidade religiosa? Como cliente em um
consultório médico? Como pai ou mãe em uma reunião na escola de seus
filhos? Como um técnico chamado a dar uma entrevista? Converse com seus
colegas sobre seu empenho em monitorar-se em certos modos de falar e de
escrever.

Ativiade 2
Pesquisa de situações comunicativas
Procure imaginar outras situações comunicativas em que um dos falantes pode
ter dificuldade para entender bem o que o outro está falando. Converse com
seus colegas sobre esses problemas de compreensão.

Atividade 3
Pesquisa sobre o emprego de palavras no plural
Preste atenção em sua própria fala e na fala de seus alunos em diversas
circunstâncias: conversas, leituras em voz alta, apresentação em sala de aula e
outras. Faça uma lista das palavras no plural que são pronunciadas sem a
marca de plural. Veja se há uma tendência no material que você coletou a se
marcar menos os plurais como “amigo-amigos”, “mão-mãos” do que os
chamados plurais irregulares, como “novo-novos”, “caminhão-caminhões”.
Observe também a ocorrência de palavras plurais escritas pelos alunos sem a
marca de plural. Planeje exercícios que você poderá usar em sala de aula
para ajudar seus alunos a se lembrarem de usar a marca de plural nos nomes
quando estão escrevendo ou têm necessidade de monitorar a fala.

Atividade 4
Pesquisa sobre a supressão de fonemas em final
de palavras e o reflexo disso na escrita
Observe na sua própria fala e na fala de seus alunos e colegas como é
freqüente a supressão do /r/ no final das palavras. Peça a um aluno ou a um
colega que leia um texto em voz alta para você. Vá anotando as palavras
terminadas em /r/ que forem pronunciadas sem o /r/. Anote também as que
forem pronunciadas com o /r/. Verifique depois se houve uma maior
ocorrência de supressão do /r/ nas formas verbais e nas palavras de mais de
uma sílaba. Depois dessa observação sobre a pronúncia, preste atenção aos
textos escritos pelos seus alunos e verifique se eles estão suprimindo a letra “r”
no final de palavras. Planeje fazer com eles um exercício chamando a atenção
para essa letra no final de palavras.


Atividade 5

Pesquisa sobre os antecedentes sociolinguísticos
e socioculturais dos alunos

Como vimos, é importante que o(a) professor(a) conheça os antecedentes
sociodemográficos de seus alunos: onde nasceram; em que comunidade estão
sendo criados; qual a profissão dos pais; se na família predomina uma cultura
oral ou se combinam no âmbito da família eventos de cultura oral e de cultura
letrada etc. Levando em conta esses tópicos e outros que você julgar
relevantes, faça um portfólio para cada aluno, com essas informações. Peça a
eles que tragam, se puderem, cópia da certidão de nascimento, e que façam
entrevistas com os pais, avós e outros parentes sobre a história de sua família. A
pesquisa que fizerem poderá ser apresentada oralmente e também por escrito.
Planeje outras atividades em sala de aula com esses textos orais e escritos dos
alunos.
Pesquisa sobre os antecedentes sociolinguísticos
e socioculturais dos alunos.



Realizamos ainda a socialização de experiências a partir das atividades propostas no fascículo 7.
Os(as) professores(as) poderão
mostrar que mesmo hoje em dia
temos “escribas”, isto é, pessoas
que sabem escrever e que
escrevem cartas ou outros tipos
de texto para quem não sabe.
Um bom exemplo disso nós
vemos no filme de Walter Moreira
Salles, “Central do Brasil” e
também no filme “Narradores de
Javé”, de Eliana Café.

Um comentário:

  1. O estudo das unidades do Módulo 7 tem sido bastante relevante. Nos ajuda, como professores em sala de aula, a pensarmos sobre a produção escrita e oral de nossos alunos, bem como, permite-nos identificar as regras variáveis da nossa língua seja no ato de escrever ou quando falamos.

    ResponderExcluir