sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Diário de Bordo - Memórias: O olhar da tutora - Fascículo 5

Iniciamos o encontro cantando “Ciranda do Anel”  e “Desengonçada” -   Bia Bedran  e  o “Boneco Pirulito”. Refletimos acerca da importância da ludicidade e da intencionalidade didática.


Em seguida passamos a leitura do “Diário de Bordo”.
Fizemos uma leitura compartilhada da Introdução do  Fascículo 5: Jogos e Brincadeiras

Introdução

Aludimos aqui”
ao conceito apresentado
no fascículo 1:
“Letramento é, pois, o
resultado da ação de
ensinar ou de aprender a
ler e escrever, bem como
o resultado da ação de
usar essas habilidades em
práticas sociais: o estado
ou condição que adquire
um grupo social ou um
indivíduo como
conseqüência de ter-se
apropriado da língua
escrita e de ter-se inserido
num mundo organizado
diferentemente: a cultura
escrita.”


Caro(a) Professor(a),
Neste fascículo vamos refletir, especialmente, sobre a importância da Biblioteca escolar ou da
sala de leitura, apontando elementos relacionados à sua organização e possibilidades de uso.
Analisaremos também diferentes modalidades de leitura e a fundamental mediação do(a)
professor(a) ao longo desse processo. Além disso,
discutiremos a relevância do Dicionário como aliado no
dia-a-dia da sala de aula.
Várias razões nos fizeram pensar em construir este
material, voltado para a organização e o uso da
biblioteca escolar, salas de leitura ou mesmo um
cantinho de leitura na sua escola.
Vivemos em uma sociedade imersa em letras e imagens.
A pessoa que ainda lê com dificuldade e não consegue
estabelecer relações entre os sentidos do texto e o
mundo à sua volta encontra sérios impedimentos para
tomar parte dos eventos sociais que envolvem o
letramento e para usufruir os bens culturais — por
direito, de todos. Verifica-se, então, a grande
necessidade de formarmos alunos leitores e produtores
de textos, motivo pelo qual a leitura precisa ocupar
lugar central no currículo escolar das séries iniciais.
Por tudo isso, convidamos você, professor(a), a
embarcar conosco nessa história. Nossa intenção maior
é criar um espaço de reflexão, onde, juntos, possamos
apontar alternativas criativas para o dia-a-dia do seu
trabalho com os alunos. Podemos contar com você e
com toda a sua experiência, não é mesmo?

Assistimos ao vídeo:  
Fascículo 5 – Jogos e Brincadeiras:



Sistematizamos conhecimentos do fascículo 5:

Fascículo 5
O lúdico na sala de aula: projetos e jogos
Márcia Regina Alves Gondim

Objetivo:
n  Auxiliar o professor e a professora no uso de jogos e brincadeiras para promover tanto a apropriação do Sistema de Escrita Alfabética quanto práticas de leitura, escrita e oralidade significativas.
Ponto de partida

n  Necessidade da escola oferecer aos alunos oportunidades  de contato com a leitura e a escrita como práticas sociais (significados/ interação com o outro).
n  Práticas de letramento: usos sociais da leitura e da escrita – “alfabetizar letrando” – antes de saber ler e escrever com desenvoltura , as crianças devem ter contato com leituras e escritas reais.
n  Alfabetizar e letrar: processos simultâneos.
Objetivos específicos do fascículo
n  Refletir sobre o uso de jogos e brincadeiras no processo de alfabetização;
n  Refletir sobre a importância de aliar o ensino do sistema alfabético a práticas de leitura e produção de textos nos anos iniciais do ensino fundamental;
n  Reconhecer os objetivos didáticos que orientam a elaboração de projetos didáticos nos anos iniciais;
n  Analisar alternativas didáticas elaboradas em projetos desenvolvidos por professores de escolas públicas;
n  Planejar atividades voltadas para o domínio do sistema alfabético, leitura e produção de textos para os anos iniciais do ensino fundamental.
Almanaque para crianças: o livro que até os professores gostariam de ter.
n  Apresentação da proposta (projeto elaborado para a 3° série – PE);
n  Manifestação de interesse dos alunos – motivação.
n  Exemplos: levados pela professora;
n  Atividades:apreciação de almanaques diversos, definição dos interlocutores, delimitação de etapas gerais: composição do almanaque através de questionário, capítulos, sumário, capa, convite);
n  Proposta dos alunos: através de questionário.
Possibilidades de leitura e escrita significativas
n  Leitura e apreciação de outros almanaques;
n  Elaboração e aplicação de questionários;
n  Organização dos capítulos, sumário, apresentação da capa, convite, lançamento do almanaque;
n  Escolha de assuntos (organização dos capítulos a partir do questionário);
n  Diversidade de textos.
Reflexão
n  O caráter lúdico da brincadeira foi garantido no início do projeto?
n  Qual a função de se combinar com os alunos as etapas do projeto e de registrá-las num cartaz visível? Essa atividade pode ajudar no processo de ensino-aprendizagem?
n  Que funções da escrita foram salientadas nessas primeiras etapas, ou seja, para que os alunos leram e para que escreveram?
n  Preenchimento individual e aplicação dos questionários em outras turmas;
n  Tabulação dos dados (resultados);
n  Leitura e reorganização das ações;
n  Redefinição das etapas;
n  Leitura e exploração dos gêneros a serem produzidos (canções, rimas).
n  Leitura e exploração de textos instrucionais (receitas, instruções de mágicas, confecção de brinquedos );
n  Elaboração coletiva de textos;
n  Leitura e exploração de textos em quadrinhos (gibis);
n  Identificação das diferenças entre as histórias em quadrinhos e outras histórias convencionais.
Reflexões
n  A produção dos gêneros foi sempre precedida por atividades de leitura: familiarização, diversão e reflexão sobre as funções dos textos;
n  Antes de serem alfabetizadas  as crianças demonstram conhecimentos experiências com textos;
n  Interação social com textos: como circulam e como são produzidos em contextos extra-escolares.
Parte final
n  Elaboração da capa e ilustração do almanaque (escolha dos desenhos);
n  Produção do sumário, da apresentação e dos dados dos autores (exemplos de sumários, produção coletiva; leitura da apresentação);
n  Revisão de todas as partes do almanaque;
n  Divulgação do lançamento do almanaque;
n  Apresentação do livro (oral, pelos alunos);
n  Dia de autógrafo.
n  O aluno vivenciou atividades de  oralidade leitura e escrita, bem como de atividades  que desenvolveram a capacidade de estabelecer a relação grafemas/fonemas.
n  Aluno em nível alfabético: possibilidades de uma reflexão ortográfica.
Brincadeiras populares
n  Apresentação da proposta e planejamento coletivo (leitura de texto introdutório e levantamento oral das brincadeiras conhecidas pelas crianças, planejamento das etapas);
n  Seleção das brincadeiras (elaboração de roteiro para conhecer outras, aplicação de entrevista na comunidade);
n  Planejamento da estrutura do catálogo (discussão e tomada de decisão, elaboração coletiva de um cartaz com as decisões tomadas.
Reflexão
n  Que a discussão sobre esse projeto possa ser mais que um desejo infantil: um livro  que todos (professores e crianças)  gostariam de trabalhar em sala de aula: mais um prática de letramento.
Mais brincadeiras: lendo e escrevendo – Brincadeiras populares
n  Crianças com 1° série do Ensino Fundamental – Jabotão dos Guararapes –PE- Catálogo de brincadeiras.
n  Etapas: Apresentação da proposta e planejamento coletivo, seleção das brincadeiras que irão compor o catálogo, organização do lançamento do almanaque, lançamento do almanaque.
n  Importância de ajudarmos os alunos a se organizarem, a usarem a escrita para planejar ações diárias.
n  Trabalho com cronogramas, calendários, entrevista, listas.
Reflexão
n  O que você achou sobre o modo como a professora iniciou o projeto?
n  Quais foram os objetivos didáticos da professora?
n  O que você acha que os alunos aprenderam nessas etapas do projeto?
n  Importância do contato com diferentes tipos de textos.

As demais etapas
n  Possibilitaram aos alunos pensarem sobre a escrita de palavras e incentivaram a troca de idéias entre colegas ( como as palavras são escritas) com a intervenção da professora;
n  Decisões e ações coletivas;
n  Leitura de instruções de brincadeiras;
n  Escrita de diferentes textos.

Etapas do projeto
(Diferentes gêneros textuais)
n  Produção das ilustrações das brincadeiras;
n  Elaboração da capa e ilustrações do catálogo;
n  Produção do sumário; da apresentação e dos dados dos autores;
n  Montagem e reprodução do catálogo;
n  Lançamento do catálogo.
Cantar também faz rir e brincar...
n  Projeto desenvolvido com a 1° ano do 1° ciclo  - Recife
n  Etapas do projeto: apresentação da proposta, planejamento coletivo, levantamento de cantigas populares, familiarização com o gênero,seleção das cantigas,produção do livreto, produção da fita,lançamento da fita e do livro.
n  Atividades lúdicas de aprendizagem
n  Valorização da cultura local;
n  Atividades de leitura e de escrita: desenvolvimento de diferentes capacidades textuais;
n  Oportunidade de ricas reflexões sobre o sistema alfabético;
n  Trabalho com rimas: contribuiu com o processo de alfabetização através da reflexão entre a escrita e a pauta sonora
Reflexão
  “Quando a criança entra em contato com algumas palavras mais significativas, na música por exemplo, começa a perceber que não se escreve só com vogais, que se escreve com consoantes, e que essas letras tem relação com o som.”
Jogar para compreender o sistema de escrita alfabética  e dominar suas convenções

n  Necessidade de selecionar jogos propostos;
n  Pensar na adequação dos jogos aos níveis de aprendizagem;
n  Familiarizar os aprendizes com regras e materiais;
n  Fascículo 2- importância da avaliação diagnóstica para intervenção da professora.
Reflexão

n  As atividade lúdicas permitem algo  fundamental e precioso para a alfabetização:que o aluno assuma uma atividade metalingüística, isto é, uma atitude de reflexão sobre a língua, sobre suas unidades (palavras, sílabas, sons, letras)
Propriedades da escrita que o aprendiz precisa descobrir:

n  Utilizamos letras já socialmente definidas;
n  Embora veiculem significados, as palavras escritas são registro da seqüência de sons;
n  Comparar palavras orais e escritas, observando a quantidade de sons e letras;
n  Comparar palavras orais e escritas, observando semelhanças e diferenças na sonoridade e na seqüência gráfica;
n  Usar das pistas que já domina para buscar ler e registrar por escrito as palavras.
Algumas conclusões:

n  Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso de atividades lúdicas no processo de alfabetização (intencionalidade);
n  As atividades devem contemplar objetivos diversos;
n  O planejamento é essencial para o sucesso de um projeto;
n  Realizar determinado jogo como atividade esporádica exige reflexão do professor sobre sua contribuição sobre o processo de alfabetização dos alunos;
n  A motivação é o princípio de tudo e deve ser realimentada a cada etapa dos projetos.
Enfim, brincando também se aprende.

A  turma foi dividida em grupos (com 4 pessoas) e cada grupo recebeu uma tarefa:   pensar em uma brincadeira infantil e montar uma sequência didática. Socialização das atividades.
Refletimos sobre “Os jogos em linguagem” e Desenvolvimento da Consciência Fonológica:


Jogos de Linguagem e a alfabetização-letramento:
o que são e como são construídos?
Miliane Nogueira Magalhães Benício
Adaptação: Márcia Gondim
mragondim@gmail.com
Pra início de conversa...
ü  A proposta de alfabetizar-letrando ou letrar-alfabetizando tem na sua essência a compreensão da língua como algo vivo, fruto de um construto social. Cabe à escola, principal agência de letramento garantir aos nossos alunos o domínio da ferramenta da leitura e da escrita para que os sujeitos possam se inserir na sociedade letrada. Esse trabalho de alfabetição-letramento passa necessariamente por uma construção reflexiva da linguagem. E nesse processo os jogos de linguagem desempenham um papel fundamental, especialmente nos anos iniciais de escolarização.
ü  Mas o que vem a ser jogos de linguagem?
            O conceito de Jogos de linguagem
   Jogos de Linguagem: da filosofia da linguagem para a pedagogia da linguagem
ü  Foi o austríaco Ludwig Wittgenstein (1929 publicado em 1953 – pós morte) quem cunhou o conceito de jogos de linguagem ao postular que toda e qualquer linguagem é construída e aprendida a partir dos diferentes usos que o sujeito faz dela na interação quotidiana com os outros e com o mundo. É a partir do uso que se aprende as regras, as convenções, como em um jogo de xadrez.
ü  “Quando se aprende xadrez, por exemplo, as regras vão sendo aprendidas com o uso das primeiras partidas. Ao longo do tempo, todavia, o jogo torna-se mais fácil e fluído, deixando de ser necessário prestar a atenção às regras individuais – passa a haver mais “uso” espontâneo e menos prestar nas regras individuais” (ALVES, Artur, 2003, p. 05)
O conceito de Jogos de Linguagem
ü  A ideia de Wittgenstein (1953 apud ALVES, 2003) que nos é cara é a noção de que é no uso, a partir do prestar a atenção, que se vai construindo e aprendendo a linguagem. É como num jogo de xadrez, no qual se precisa aprender os significados possíveis de cada jogada, para, então, optar pela melhor delas dada a situação. Veja que  a noção de uso e de reflexão acerca do objeto (jogo) são fundamentais.
Nos jogos de linguagem, ou seja, no jogo de construção e da aprendizagem da linguagem que passa necessariamente pela compreensão de que mesmo havendo uma relação entre significante (coisa) e significado (conceito existente na nossa mente relativo à coisa), essa relação é arbitrária e nos indica apenas uma das muitas possibilidades de significado daquela palavra, uma vez que o significado é ditado  pelo uso, pois “o sentido de uma palavra é o seu uso na linguagem” (WITTGENSTEIN apud ALVES, 2003. p. 01)
Note que é no uso diário que fazemos da linguagem, vamos jogando ao  aprender e construir novos significados para as regras (o que significa tal jogada e quando e porque ela passa a valer quando no comunicamos, escrita ou oralmente).
Nos jogos de linguagem, ou seja, no jogo da construção e da aprendizagem da linguagem, “as regras de uso são expostas e “embedidas” na própria culturacada fragmento de linguagem responde a um propósito específico” (ALVES, 2003. p. 05)
         Trazendo a noção de jogos de linguagem da filosofia da linguagem para a linguagem pedagógica, aplicada ao processo de ensino e de aprendizagem da língua, podemos dizer que jogos de linguagem na alfabetização-letramento significa construir e aprender a línguagem a partir da reflexão dos diversos usos e funções que ela cumpre nas sociedades letradas, levando o aluno a compreender criticamente que cada regra (uso e função) tem um propósito específico,
         Desde a compreensão das diversas linguagens (um filme, uma pintura, uma escultura, uma fotografia, uma carta, um bilhete, um manual, etc) até as convenções que regem nosso sistema alfabético (para cada letra há um som ou sons correspondente, que cada palavra, ou partes da palavra, são constituídas de um ou mais fonemas e assim pode diante).
Jogos de linguagem: refletindo a partir da prática

ü  Alfabetizar-letrando a partir de jogos de linguagem significa trabalhar a língua reflexivamente levando o aluno a pensar sobre a língua para, então, compreender como essa linguagem simbólica foi e é construída, a partir dos seus diversos usos e funções sociais.
As regras do jogo na construção da consciência fonológica
ü  Se compreendemos a importância do desenvolvimento     da consciência fonológica no processo de alfabetização, percebemos também a necessidade de que o trabalho pedagógico possibilite às crianças uma diversidade de atividades pelas quais possam refletir sobre a estrutura da língua, preferencialmente de forma lúdica.
ü  Segundo Adams et alii (2006), quando as crianças chegam à escola já possuem certas habilidades lingüísticas bastante desenvolvidas. Nas interações familiares e no cotidiano escolar, as crianças concentram-se no significado e na mensagem daquilo que está sendo dito. Apesar da habilidade de falar e ouvir, as crianças não têm qualquer conhecimento reflexivo das palavras, de suas partes e de como se combinam na linguagem oral.
ü  Simplificando podemos dizer que a consciência fonológica é o entendimento de que cada palavra, ou partes da palavra, são constituídas de um ou mais fonemas.
ü  É preciso dar às crianças oportunidades de compreender como funciona o princípio alfabético, entendendo que as frases são formadas de palavras, as palavras, de sílabas e as sílabas de fonemas.
ü  É difícil para elas discriminar fonemas durante a fala ou escutas normais, pois os fones, que são as formas como os fonemas se realizam, podem variar de  acordo com o contexto fonético em que estão inseridos ou de acordo com as variedades regionais ou estilísticas.
ü  As práticas de letramento no contexto escolar precisam contemplar, em princípio, atividades orais e em movimento,  para que as crianças pequenas desenvolvam uma consciência fonológica que possa assegurar a construção de leitura e da escrita.
Jogos com fonemas iniciais e finais: Mostrando às crianças que as palavras são constituídas de fonemas; demonstrando o som de  determinado fone  e como o percebemos quando os pronunciamos isoladamente. Para isso, pode-se recorrer a jogos de descobrir o nome de um objeto a partir do som inicial de sua letra; procurando objetos que iniciem com o mesmo som; classificando objetos pelo som inicial; identificando objetos que tenham o mesmo som final
Apreciamos também o Projeto Maritaca: Letramento pelo Movimento” psicomotricidade por Daniel Galvão da Silva e Márcia Gondim
Encerramos o dia com Literatura Infantil: “ Catarina e o urso” -

ü  Trabalhando com o som das vogais
ü  A professora trabalhou com as crianças a música do sapo por meio do movimento:
“O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora na lagoa
Não lava o pé porque não quer.”
ü  A professora valeu-se do conhecimento prévio das crianças ao escolher uma canção que faz parte do cancioneiro infantil, conhecido nas famílias e nas escolas. Ela propõe que continuem a cantar a música alternando os núcleos vocálicos, usando as vogais /a/; /é/; /i/; /ó/ ; /u/.
ü  “A sapa na lava a pá
ü  Na lava parca na car
ü  la mara na lagá
ü  na lava a pá par ca na car”
ü  Os alunos vão substituindo os núcleos vocálicos originais, como eles os      percebem, pelo fonema /a/. Reproduzem as sílabas canônicas (CV) de acordo com a orientação da professora, demonstrando que sabem identificá-las. Também são capazes de substituir o ditongo nasal /ãw/ e o hiato /oa/ pelo fonema previsto.
  E sepe ne leve e pé
Ne leve perque ne quer
Le mere ne  legué
Ne leve e pé per que ne quer”

“I sipi ni livi i pi
Ni livi pirqui ni quir
Li miri ni ligui
Ni livi i pi
Pirqui ni quir”
“O sopo no lovo o pó
No lovo porcó no cór
Lo moro no logó
No lovo o pó
Porcó no  cór
“U supu nu luvu u pu
Nu luvu purcu nu cur
Lu muru nu lugu
Nu luvu u pu
Purcu nu cu.”
ü  Com esta atividade lúdica, as crianças vão percebendo as unidades silábicas, desenvolvendo assim sua consciência fonológica.
ü  Após a atividade uma criança se aproxima da professora e diz:
ü  “Eita! ! É o “sa” da Sara, não é tia?”
ü  Temos aqui evidência de que a criança aprendeu a identificar a sílaba inicial formada pelos fonemas /s/ e /a/ independentemente da palavra onde ela ocorra.
ü  Introduzindo fonemas iniciais e finais: Mostrar as crianças que as palavras contêm fonemas e introduzir a elas a forma como os fones soam e como o percebemos quando os pronunciamos isoladamente. (descobrir o nome de um objeto a partir do som inicial de sua letra, procurar objetos pela sala,  que iniciem  com o mesmo som, classificar objetos  pelo som inicial, identificar objetos que tenham o mesmo som final)
ü  Consciência fonêmica: Desenvolver a capacidade de analisar as palavras em uma seqüência de fonemas isolados , separando-os e sintetizando-os. (Perceber o movimento  da boca ao pronunciar uma palavra toda vez que muda de som, pronunciar uma palavra fone por fone, brincar com fichas de palavras introduzindo letras e a escrita)
Ø    Introduzindo a relação das letras com os sons da fala: (dizer  a inicial dos nomes dos colegas das classes, procurar objetos, falar nome de objetos que iniciam por determinada letra,  procurar figuras começadas por determinada letra, pronunciar palavras de acordo com as figuras, falar o nome da letra inicial de cada objeto)
Ø  Consciência das palavras e frases: desenvolver a consciência das crianças de que a fala é constituída por uma seqüência de palavras. (jogos orais com frases completas e dramatizadas, perceber palavras dentro da frase, comparar palavras de objetos pelo tamanho)
Consciência silábica: Desenvolver a capacidade de analisar as palavras em sílabas, separando-as e sintetizando-as. (batendo palmas para os nomes de acordo com as sílabas, batendo os pés,  falar sobre um objeto e dizer quantas vezes abriu a boca para falar)

REFERÊNCIAS
ü  ALVES, Artur. Jogos de linguagem: sobre Searle e Wittgenstein. Disponível em: <arturjmalves.googlepages.com/JogosdeLinguagem.pdf> Acesso em 28 de mar 2009.
ü  BENÍCIO, Miliane N. Magalhães. Escrita e processos de letramento: construindo inter-relações entre conhecimento sistematizado e práticas sociais letradas.Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Brasília, 2007.
ü  GONDIM, Márcia R. Alves. Práticas de letramento em classes de alfabetização de crianças e desenvolvimento da consciência fonológica. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Brasília, 2007.


 Encerramos o dia com Literatura Infantil:
Os alunos seguem "comandos" ilustrados pela história de Catarina e o Urso Preguiçoso, trabalhando aspectos psicomotores como locomoção, equilíbrio e noções de lateralidade. Nosso grande desafio : Como transformar essa atividade em práticas de letramento? Letramento pelo movimento...

Desengonçada

Bia Bedran

(refrão)
Vem dançar, vem requebrar
Vem fazer o corpo se mexer
Acordar
É a mão direita, mão direita, mão
Direita agora,
A mão direita, que eu acordar.
É a mão esquerda, a mão esquerda,
A mão esquerda agora
As duas juntas que eu vou acordar
(refrão)
É o ombro direito, é o ombro direito,
É o ombro que eu vou acordar.
É o ombro esquerdo, é o ombro
Esquerdo
Os dois juntos que eu vou acordar
(refrão)
É o cotovelo direito, é o cotovelo
Direito
É o cotovelo que eu vou acordar
É o cotovelo esquerdo, é o cotovelo
Esquerdo
Os dois juntos que eu vou acordar
(refrão)
É o braço direito, é o braço direito
É o braço que eu vou acordar
É o braço esquerdo, é o braço
Esquerdo
Os dois juntos que eu vou acordar
(refrão)
É o joelho direito, é o joelho direito
É o joelho que eu vou acordar
É o joelho esquerdo, é o joelho
Esquerdo,
Os dois juntos que eu vou acordar
(refrão)
É o pé direito, é o pé direito, é o
Pé direito agora
É o pé direito, que eu vou acordar
É o pé esquerdo, é o pé esquerdo
É o pé esquerdo agora
Os dois juntos que eu vou
Acordar
(refrão)
É a cabeça, os ombros, as mãos,
Cotovelos e braços
Que eu vou acordar
A cintura, a barriga, o bumbum,
Os joelhos
Tudo junto que eu vou acordar.






Ciranda do Anel Bia Bedran
Perdi meu anel no marnão pude mais encontarE o mar, me trouxe a concha,de presente prá me dar.Perdi meu anel no mar...Olha a ciranda!É debaixo do sol...É debaixo da lua...Bem no meio da praia,bem no meio da rua.Pé esquerdo prá fente,pé esquerdo prá trásOlha a onda do mar naminha mão,eu vou fazer uma onda domar.É o peixinho que pula semparar,mergulhando no azul daonda do mar.É a ciranda do anel que euvou dançar,até o dia clarear.Uma vez chorei na praia,prá um anel que se perdeuMeu anel que virou concha,nunca mais apareceu.Parou na goela da baleia,ou foi pro dedo da sereia,ou quem sabe um pescadorencontrou o anel,e deu pro seu amor


http://www.vagalume.com.br/bia-bedran/ciranda-do-anel.html#ixzz1cnKqQveY

Foi mais um encontro de muitas aprendizagens! A beleza da  ampliação de nossos graus de letramento...

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