terça-feira, 26 de julho de 2011

Diário de Bordo - Tutora: Márcia Gondim Cursista: Marli Barbosa Pacheco Azevedo- CRA - DRE - Taguatinga


DIÁRIO DE BORDO

            Iniciamos o nosso encontro com a dinâmica “O galo canta”, que trás a
possibilidade de vivenciar o movimento corporal, o ritmo e a atenção.
            Em seguida, tivemos um momento de avaliação do processo do curso,
refletindo sobre os conceitos trabalhados no semestre. São eles:
Ø  Alfabetização
Ø  Letramento
Ø  Competência comunicativa
Ø  Competência lingüística
Ø  Leitura fruição
Ø  Analfabetismo funcional
Ø  Gêneros textuais
Ø  Suportes
Ø  Tipos textuais
Ø  Relativismo cultural
Finalizando, assistimos a um belíssimo filme “O Carteiro e o Poeta”.
O filme é uma obra de ficção que retrata momentos da vida do poeta Pablo Neruda, que por razões políticas se exila em uma ilha na Itália. Lá um desempregado e quase analfabeto é contratado como carteiro, encarregado de cuidar da correspondência, e gradativamente entre os dois se forma uma sólida amizade. (o carteiro lhe pede para ensiná-lo a escrever poesia para conquistar uma moça do povoado).
            A poesia torna-se o instrumento libertador, abrindo novos caminhos de um humilde homem em busca de um sonho: a realização amorosa.
            Para, além disso, ao relacionar-se com Neruda, o simples, o pequeno, torna-se grande: um grande poeta! A realidade do preconceito pelo analfabetismo, a realidade do preconceito ao poeta, pela sua linguagem e maneira de expressar são realidades antagônicas e que os aproximam.
Mário o simples, tornou-se um notório crítico do sistema, sendo morto na revolução por defender os direitos dos menos favorecidos.
O que me tocou muito no filme foi à afetividade como combustível para a aprendizagem. O Jovem Mário não teria adquirido o espírito pesquisador e não teria se tornado uma pessoa diferente, corajosa, livre da alienação se não tivesse sido valorizado pelo grande poeta. Este que passou uma imagem fácil do que é a verdadeira poesia, tendo provocado no espírito do jovem o desejo de aprender tal arte. Sara Pain aponta para nós educadores que o desejo é a força motriz na nossa vida, quando afirma que em pedagogia a ambição é um dever. Esse desejo não significa apenas ter vontade, mas estar obstinado por aquilo que se quer. É o que vemos latente na vida de Mário.
O desenvolvimento da habilidade do jovem senhor se deu com grande rapidez, resultado das provocações feitas pelo poeta. A didática é uma provocação que se feita adequadamente é capaz de acelerar o ritmo de aprendizagem na construção do conhecimento. Como o poeta o provocou? Provocou naquilo que lhe fazia falta: a letra, as metáforas... Através da leitura abriu-lhe caminhos para novas descobertas, liberdade do indivíduo de sua individualidade, de seu pequeno mundo que lhe permitiu ver além e agir sobre ele.
Sem dúvida o Filme é uma grande fonte de reflexão para o educador, para o coordenador a quem é imprescindível a leitura, a investigação, a quem é imprescindível acreditar em seu potencial e a quem é imprescindível criar estratégias inteligentes para desenvolver o potencial dos alunos.
Que o desejo de todos nós educadores seja de ensinar a todos e que também despertemos neles o desejo de aprenderem muito.

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