quinta-feira, 14 de julho de 2011

Memórias 11 - Datas: 05 e 07/07/2011 - O olhar da tutora



 



Foi nessa idade que a poesia me veio buscar
Não sei de onde veio
Do inverno, de um rio
Não sei como nem quando
Não , não eram vozes
Não eram palavras
Nem silêncio
Mas ,da rua fui convocado
Dos galhos da noite
Abruptamente entre outros
Entre fogos violentos
Voltando sozinho
Lá estava eu sem rosto
E fui tocado
 Pablo Neruda



Iniciamos nosso encontro com a dinâmica: “O galo Canta” em que foi possível refletir acerca da importância da ludicidade, do movimento, da educação psicomotora, do desenvolvimento da atenção, do ritmo, da lateralidade e da expressão corporal.

     Passamos, ainda para a apreciação do "Diário de Bordo", em que presenciamos a produção textual dos professores em diferentes suportes, com gêneros textuais diversificados, expressos por meio de diferentes tipos textuais.
      Em seguida tivemos uma sistematização dos encontros anteriores por meio da poeticidade de “Pablo Neruda” ao assistirmos ao filme “O carteiro e o poeta”. Mediamos o encontro com roteiro de análise do filme  e incentivamos  um olhar sensível, amoroso e poético para alguns conceitos já trabalhados.


    • Competência Comunicativa (Fascículo 7)
    • Competência Lingüística (Fascículo 7)
    • Alfabetização (Fascículo 1)
    • Letramento (Fascículo 1)
    • História de Vida (Fascículo Complementar)
    • Leitura Fruição (Fascículo 4)
    • Monitoração da Língua Oral ou Escrita (Fascículo 7)
    • Gêneros, Suportes e Tipos  Textuais (Fascículo 1 e Complementar)
    • Relativismo Cultural (Fascículo 7)

  • OS CONCEITOS

    • Alfabetização é o processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico, que possibilita ao aluno ler e escrever com autonomia.

    • Letramento é o processo de inserção na cultura escrita, que tem início quando a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade e se amplia por toda a vida, com a participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita.

    • Competência Comunicativa: Conceito criado por Dell Hymes (1966) que inclui as regras que orientam a formação das sentenças e as normas sociais e culturais que definem a adequação da fala. Permite ao falante saber o que falar e como falar com quaisquer interlocutores em quaisquer circunstâncias.

          • É  a capacidade que qualquer indivíduo tem de produzir enunciados em sua língua, ajustando o seu discurso ao interlocutor e à situação de fala. Inclui a capacidade de formar as sentenças da língua e de ajustar-se as normas sociais e culturais que definem a adequação da fala em qualquer interação

    • Competência Linguística: Na ótica de Chomsky, competência lingüística á a capacidade que o falante tem de a partir de um número finito de regras, produzir um número infinito de frases. “Todo falante dispõe de suficiente competência lingüística em sua língua materna para produzir sentenças bem formadas e comunicar-se com eficiência ( Bortoni-Ricardo, p. 75)

    • Leitura Fruição: A leitura-fruição do texto é, segundo GERALDI (1997), aquela na qual a interlocução do leitor com o texto se estabelece pelo prazer de ler. Segundo esse autor, esta  uma leitura exclusiva do texto literário.

    • Monitoração da Linguagem: Monitorar a linguagem quer dizer prestar mais atenção ao que estamos falando ou escrevendo e cuidar mais de um planejamento mental em nossa exposição.

    • Analfabeto Funcional:  é a denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar minimamente as letras, geralmente frases, sentenças, textos curtos e os números, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas. Também é definido como analfabeto funcional o individuo maior de quinze anos e que possui escolaridade inferior a quatro anos, embora essa definição não seja muito precisa, já que existem analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade.

    • Relativismo Cultural: postura adotada nas ciências sociais , inclusive na linguística, segundo a qual uma manifestação de cultura prestigiada na sociedade não é intrinsecamente superior a outra. Quando consideramos que as variedades da língua portuguesa empregadas na escrita ou usadas por pessoas com pouca escolarização estamos adotando uma posição culturalmente relativa e combatendo o preconceito baseado em mitos que perduram em nossa sociedade

    • Gêneros Textuais: diferentes “espécies” de textos, escritos ou falados, que circulam na sociedade, reconhecidos com facilidade pelas pessoas (bilhete, romance, poema, sermão, conversa ao telefone, contrato de aluguel, notícia de jornal, piada, reportagem, letra de música, regulamento, receitas, etc.)
    • Suportes: referem-se à base material que permite a circulação desses gêneros, com características diferenciadas: (jornal, livro, cartazes, outdoors, revistas, dicionário, placa, catálogo, agendas, etc.)
    • Tipos Textuais:
    • Narração: seqüência das ações cronologicamente estruturadas. Verbos no passado e advérbios temporais : (EX: “Era uma vez...”  “Tardiamente...”)
    • Argumentação: recorre às relações lógicas, como as de causa e seqüência, para provar e convencer o leitor de um ponto de vista. Expressão de opinião. (Ex: “Sou a favor da eutanásia.” )
    • Exposição: Exposição de idéias e fenômenos. Caracteriza-se por enunciados de identificação e ligação. Explicar relações entre processos e acontecimentos. (“A água ferve a cem graus”)
    • Descrição: Construção de seqüência de qualidades ou propriedades de alguém, de lugar , de objeto, etc. , a partir de um ponto de vista. Utiliza-se verbos de estado. (Ex: “A floresta era densa, escura e misteriosa”)
    • Instrucional ou Injuntivo é utilizado para dar instruções , ordem ou expressar desejos. A predominância do modo imperativo ou do uso dos verbos modais. E usado em manuais de instruções, bulas de remédios, avisos e propagandas (Ex: “Não ligue o aparelho direto na tomada, sem o uso do Conversor”. “Beba coca –cola”)
    • Preditivo: caracteriza-se por predizer alguma coisa, ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, que ainda está por ocorrer. – funciona, muitas vezes, como uma espécie de descrição de situações futuras. Por isso, excetuando-se o forte emprego de tempos verbais de futuro, excetuando-se o forte emprego de tempos verbais de futuro, do ponto de vista gramatical, as ocorrências mais freqüentes são de frases nominais.

      Foi um dos encontros mais belo que já tivemos! A poeticidade do filme despertou  em cada um de nós  o desejo de desenvolver (a cada dia) “Uma Pedagogia Culturalmente Sensível  (Erickson, 1987). Nos mostrou  a  leveza que deveria permear  nosso programa e a certeza de que as palavras geradoras de nosso curso são:  ENCANTAMENTO E SENSIBILIDADE.

Alguns momentos do filme para apreciação...

  
 
 
 
 

REFERÊNCIAS
Pró-Letramento: Programa de Formação continuada de professores os Anos/Séries Inicias do Ensino Fundamental: Alfabetização e Linguagem. Ed. Ver. E ampl. Incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de referência/Secretaria de educação Básica – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica.2007.










2 comentários:

  1. Olá, Márcia,

    sou Joelma Pinho, de Ji-Paraná, Rondônia. Serei tutora de duas turmas de LP. adorei seu blog e visitarei sempre. Seria possível você me ajudar quanto a divisão dos fascículos??? Dê sugestões para mim.
    Obrigada,

    Abraços

    ResponderExcluir
  2. Querida,
    Que coisa boa! O Pró-Letramento é um programa qu vem unindo corações em todos os cantos de Nosso País. Aproveite nosso Blog! Vou postar uma organização de Plano de curso. bjs no coração

    ResponderExcluir